Amor ou Amizade? Capítulo 10

Eu e Cait pegamos um táxi. Combinamos que iria dormir na casa dela.

Já na casa dela, tomamos um banho e fomos dormir, estavamos cansadas.

No outro dia de manhã, acordei melhor. Cait já havia acordado. Era domingo, eu odiava esse dia. Desci e a vi sentada no sofá tomando café.

- Oi Cait! -disse descendo as escadas-

- Oi Anne, tá melhor?

- Ah, sei lá. -respondi confusa- E você?

- Talvez.

Sentei ao lado dela, e a abraçei.
- Quer comer alguma coisa?

- Não, obrigada. Estou sem fome.

- Então tá. Mas se quiser alguma coisa, tem na geladera. Vou lá em cima me trocar. -ela disse me dando um beijo na testa- Já volto!

Liguei a TV e fiquei assistindo desenho, até tocarem a campanhia.

Fui até a porta e atendi. Era Justin.

- O que foi? Quer conversar comigo de novo? -perguntei por fim, com um tom involuntário de petulância-

- Na verdade não. -admitiu ele-

Fechei os olhos e inspirei lentamente pelo nariz. Ele esperou.

- Então o que você quer, Justin? -perguntei ainda de olhos fechados-

- Vim falar com a Cait. -ele parecia sincero-

- Entra! -eu disse um tanto fria, dando passagem à ele- Espera, vou chama-la. -disse dando as costas-

- Espera! -Justin segurou meu braço, impedindo que eu andasse-

Olhei pra ele, esperando uma resposta.

- O que está acontecendo com nós? Me dá uma chance pra eu te explicar o que eu sinto... -seu rosto estava sério-

- Tenho sido rude, eu sei. Mas é melhor assim, pode acreditar! -disse subindo em direção ao quarto-

Subi, comuniquei Caitlin que Justin a esperava na sala e me tranquei no quarto.

Eu realmente não queria que aquilo estivesse acontecendo. "Será que eu estava apaixonada por ele? Será que era medo de me apaixonar de novo? Por que eu estava complicando as coisas? Por que?" Era isso que me perguntava a todo momento.
No final, resolvi deixar dar uma chance ao Justin para me explicar o que ele realmente sentia por mim e talvez por um fim nessa história.
Desci, Justin já estava se encaminhando à porta, gritei involuntáriamente da escada: - Justin! -parecia que meu coração gritava por aquilo-
Seus olhos rápidamente se voltaram a mim.
- Será que a gente poderia conversar? -eu disse, mas ridiculamente minha voz falhou-
- Claro! -seus olhos ainda ardiam por mim-
Subimos ao quarto, sentamos na cama, e ele logo começou a falar (dica: escutem essa música até o final do capítulo): - Eu queria poder te sentir. Queria calar a sua boca quando você dissesse que nós não seríamos para sempre. Queria seu corpo junto ao meu. Os seus olhos olhando nos fundos do meu. Queria te dizer tudo aquilo que ensaio, e que fica preso em mim por falta de coragem. Quero cuidar de você. Queria poder te dar um beijo de "boa noite", dormir e acordar junto de você. Gostaria de passar um dia todo ao seu lado, te fazendo sorrir pelos motivos mais bobos. -ele fechou os olhos, respirando fundo- Saiba que em cada pedaço de mim, haverá um pouco de você.
Nosso beijo automaticamente veio a minha cabeça, e eu não pude segurar a vontade de beija-lo novamente. Foi algo involuntário.